Ergonomia é por definição a ciência que
estuda a relação entre o Homem e o trabalho que
executa, procurando desenvolver uma integração perfeita entre
as condições de trabalho, as capacidades e limitações físicas e psicológicas do
trabalhador e a eficiência do sistema produtivo.
Este
termo se originou a partir do grego ergon,
que significa “trabalho”, e nomos,
que quer dizer “leis ou normas”.
Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de
Ergonomia) adotou a definição oficial a baixo:
A Ergonomia (ou
Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação
de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem
estar humano e o desempenho global do sistema.
Essa ciência teve seu reconhecimento e
desenvolvimento mais nitidamente em função dos avanços tecnológicos do século
XX, principalmente após a 2ª guerra mundial, quando as incompatibilidades entre
o progresso humano e o progresso técnico tornaram-se mais evidentes.
Com isso, podemos dizer que a ergonomia teve
varias fases em sua trajetória. Hendrick (1993), listou quatro fases que
descrevo a seguir.
1) Ergonomia
de Hardware ou Tradicional:
Concentrou os estudos nas características
(capacidades e limites) físicas e perceptivas do ser humano e na aplicação dos
dados no design de controles, displays e arranjos de interesse militar. Isso
pois os equipamentos militares (aviões mais velozes, radares, submarinos e
sonares) exigiam dos seus operadores decisões muito rápidas e complexas em
situações críticas de combate na ocasião das gerras.
2) Ergonomia
do Meio Ambiente:
Tem o interesse de compreender melhor a
relação do ser humano com seu meio ambiente (natural ou construído).
Preocupa-se com efeitos de temperatura, ruído, vibração, iluminação e aerodispersoides.
3) Ergonomia
de Software ou Cognitiva:
Lida com questões de processamento de
informação. Seu campo de trabalho é fortalecido pela informatização de
processos e produtos, que exige, cada vez mais, uma economia de interface com o
usuário.
4) Macroergonomia:
Enfatiza a interação entre os contextos
organizacional e psicossocial de um sistema. Diferencia-se das demais fases por
priorizar o processo participativo. Isto garante que a intervenção ergonômica
tenha um melhor resultado, reduzindo a margem de erros de concepção e que as
modificações tenham melhor aceitação por parte dos trabalhadores.
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