O
assédio moral é um atentado à dignidade humana. É uma questão que, por mais
antiga que seja, não só é atual, como vai demandar muito esforço para ser superada.
Discutiremos um pouco a violência, a questão do mundo do trabalho e a forma de
organizar o trabalho, sendo o assédio moral uma “consequência natural” de certo
modo, mas que logicamente deve ser combatida e impedida de crescer.
Avanços
legais e direitos.
Quanto
à legislação, em 2009, houve avanço da discussão, ou seja, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através da Lei nº 11.948, assinada
pelo Guido Mantega, coloca no seu artigo 4º: Fica vedada cujos dirigentes sejam condenados por assédio moral ou
sexual, racismo, trabalho infantil, trabalho escravo, ou crime contra o meio
ambiente. A concessão ou renovação de quaisquer empréstimos ou financiamentos
pelo BNDES a empresas da iniciativa privada.
Mais
recentemente, o projeto de lei dos deputados Ricardo Berzoini (PT-SP), Pepe
Vargas (PT-RS), Jô Moraes (PC do B-MG), Paulo Pereira da Silva (PDTSP) e
Roberto Santiago (PV-SP) prevê alterar um artigo da Lei nº 8.213/1991 cuja
justificativa é: “a ofensa moral cada vez mais vem sendo reconhecida como fator de risco
nos ambientes de trabalho, com destaque para o assédio moral” e esses
deputados colocam a necessidade de “estender o conceito previsto na Lei nº
8.213/1991, que prevê que ofensa física só pode ser equiparada a acidente
quando o motivo da disputa for relacionada ao trabalho”. Deste modo,
ampliar direitos significa não só reconhecer a dimensão da violência física que
já existe em lei, mas incorporar a questão da ofensa moral.
Essa
é uma medida importante, pois, se considerarmos o que vem ocorrendo com os
transtornos mentais, veremos que, nos últimos anos, houve um aumento no número
de transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho e este aumento
incluiu a dimensão do assédio moral.
Ao
final, lembramos que o assédio moral, portanto, é uma ferramenta de controle e
um mediador entre a forma de organizar o trabalho e de exigir produção. Tanto que vamos encontrá-lo mediando
adoecimentos ao mesmo tempo em que amplia para a questão dos direitos humanos.
Os
direitos que ficam vulneráveis para uma pessoa que sofre assédio são o direito à honra, sendo violada a
reputação pessoal e a estima do trabalhador; o direito à integridade moral,
estratégia de violência verbal, de baixa intensidade, porém repetida e
prolongada, com gritos, insultos, críticas e ameaças; o direito à liberdade de
consciência, que fica impedida, fragmentada e se manifesta nos ataques às
atitudes da vítima, à desqualificação de suas atitudes religiosas, políticas, sexuais;
o direito à comunicação, quando isolam esse trabalhador, o qual, em
decorrência, se auto-isola e afasta-se do coletivo que já estava fragilizado.
Aqui,
a liberdade de expressão fica totalmente impedida e impossível de se realizar,
rompem se as redes de comunicação e o respeito à dignidade pessoal. O respeito
à dignidade pessoal também é violado quando lhe passam trabalho de qualificação
inferior, ou superior, ou lhe colocam em um ambiente totalmente sem condições
para exercer o seu trabalho.
Concluímos
ressaltando que é dever de todo
empregador público ou privado prover, garantir, proteger e promover ambiente e
condições de trabalho seguras e saudáveis. Deste modo, praticar a
responsabilidade social é começar pelo intramuros. É iniciar uma política de
respeito aos direitos humanos, o que significa zelar pela integridade e saúde
de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
O
profissional da Segurança do Trabalho
tem por característica profissional ter um bom relacionamento e saber lidar com
todos os níveis hierárquicos da instituição onde atua. Nesse âmbito, muitas
vezes o TST que antes era visto como
um inimigo dos funcionários, hoje já tem sido visto como mão amiga e muitas
vezes como ombro amigo.
Sim,
inúmeras vezes fazemos papel de psicólogos com muito prazer. Por isso, cabe a
nós, identificar se algum assédio está ocorrendo e fazer o possível para tentar
neutralizar o assédio. Um DDS despretensioso sendo ouvido pelas pessoas certas,
ou mesmo conversas informais podem neutralizar tal ação. Em uma pior hipótese,
uma conversa pessoal e informal, avisando a possibilidade até mesmo de medidas
administrativas caso perceba a continuidade do assédio ou bullying, podem ser o caminho.
Respeito
não se cobra, se dá e se ganha e trabalhar em paz, não tem preço!
Para evitar o que para você sempre xingando no trabalho - comece a trabalhar em casa e está tudo bem! Eu há muito tempo e faço e aconselho a experimentar e a você. Eu faço aqui, https://fscore.br.com
ResponderExcluirAh, isso é terrível. Eu geralmente não suporto nenhuma violência, mesmo que seja pressão moral. É melhor parar imediatamente se você começar a sentir algo assim.
ResponderExcluirConcordo com você. É melhor ficar temporariamente sem renda do que ganhar dinheiro e sofrer. Provavelmente é por isso que comecei a apostar uma vez para ganhar rapidamente estabilidade financeira e desistir. Agora também utilizo o site https://fscore.com.br/leagues/brazil/mineiro, que facilita a busca de informações e depois o processo de apostas esportivas.
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