Um
dia pensaram em como seria a propaganda do cigarro. Alguém disse então que não
dava para fazer marketing de cigarro... Algo que causava vicio e só traria malefícios
à saúde. Então, alguém na mesma reunião respondeu genialmente:
-
É, cigarro não da para vender, mas podemos vender sonhos!
A
indústria cinematográfica estava começando e era um grande evento ir ao cinema.
Ele era o principal meio de difundir ideias, mesmo que veladas. Claro, o radio
era ainda a grande mídia e a TV estava começando também, mas incutir SONHOS na
cabeça das pessoas é um processo sutil.
Os
atores de Hollywood recebiam cachês das indústrias de cigarro para aparecerem
fumando, e essa pratica logo evoluiu para contratos de trabalho para os grandes
galãs e atrizes só poderem trabalhar se aparecessem fumando em suas cenas mais
interessantes.
O
cigarro virou um símbolo de glamour tendo como ápice o período que compreende
os anos 1930 e 1960. Nessa época, as produções hollywoodianas associavam o fumo
ao sucesso e ao dinheiro.
Com
isso incutindo a ideia de pessoas charmosas, bem sucedidas, “as pessoas ideais”, fumam! E claro, o povo começou rápido a ter essa ideia e fumar. Principalmente os
jovens, sem perceberem que COMPRARAM SONHOS... O que virou o pesadelo de muitas
pessoas.
Demorou
para que o governo dos EUA proibisse a indústria tabagista de interferir nos
contratos do cinema.
A
geração atual, bem mais eletrônica, não parece estar tão interessada em cigarro
e coisas correlatas. Se parar para pensar, ao comprar o sonho do glamour do
cigarro, as pessoas fumavam para posar socialmente, parecerem descoladas e
maduras. Atualmente vivemos em uma era de relacionamentos digitais, há outros
meios das pessoas se conhecerem e o próprio marketing pessoal mudou.
Em
todo mundo, só o Brasil e mais 14 países que colocam advertências nas embalagens
de cigarro. O que já é uma grande conquista. Nessa data, celebramos o dia
mundial de combate ao tabagismo, e agora tentamos desfazer um pouco do pesadelo
que um dia alguém vendeu as mentes mais frágeis e desavisadas do povo.
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