terça-feira, 9 de maio de 2017

As Quatro Fases da Ergonomia

Ergonomia é por definição a ciência que estuda a relação entre o Homem e o trabalho que executa, procurando desenvolver uma integração perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e limitações físicas e psicológicas do trabalhador e a eficiência do sistema produtivo.

Este termo se originou a partir do grego ergon, que significa “trabalho”, e nomos, que quer dizer “leis ou normas”.

Em agosto de 2000, a IEA (Associação Internacional de Ergonomia) adotou a definição oficial a baixo:

    A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.

Essa ciência teve seu reconhecimento e desenvolvimento mais nitidamente em função dos avanços tecnológicos do século XX, principalmente após a 2ª guerra mundial, quando as incompatibilidades entre o progresso humano e o progresso técnico tornaram-se mais evidentes.

Com isso, podemos dizer que a ergonomia teve varias fases em sua trajetória. Hendrick (1993), listou quatro fases que descrevo a seguir.

1) Ergonomia de Hardware ou Tradicional:
Concentrou os estudos nas características (capacidades e limites) físicas e perceptivas do ser humano e na aplicação dos dados no design de controles, displays e arranjos de interesse militar. Isso pois os equipamentos militares (aviões mais velozes, radares, submarinos e sonares) exigiam dos seus operadores decisões muito rápidas e complexas em situações críticas de combate na ocasião das gerras.

2) Ergonomia do Meio Ambiente:
Tem o interesse de compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente (natural ou construído). Preocupa-se com efeitos de temperatura, ruído, vibração, iluminação e aerodispersoides.

3) Ergonomia de Software ou Cognitiva:
Lida com questões de processamento de informação. Seu campo de trabalho é fortalecido pela informatização de processos e produtos, que exige, cada vez mais, uma economia de interface com o usuário.

4) Macroergonomia:
Enfatiza a interação entre os contextos organizacional e psicossocial de um sistema. Diferencia-se das demais fases por priorizar o processo participativo. Isto garante que a intervenção ergonômica tenha um melhor resultado, reduzindo a margem de erros de concepção e que as modificações tenham melhor aceitação por parte dos trabalhadores.