domingo, 31 de maio de 2015

31 de maio – Dia Mundial de Combate ao Fumo

Um dia pensaram em como seria a propaganda do cigarro. Alguém disse então que não dava para fazer marketing de cigarro... Algo que causava vicio e só traria malefícios à saúde. Então, alguém na mesma reunião respondeu genialmente:

- É, cigarro não da para vender, mas podemos vender sonhos!

A indústria cinematográfica estava começando e era um grande evento ir ao cinema. Ele era o principal meio de difundir ideias, mesmo que veladas. Claro, o radio era ainda a grande mídia e a TV estava começando também, mas incutir SONHOS na cabeça das pessoas é um processo sutil.


Os atores de Hollywood recebiam cachês das indústrias de cigarro para aparecerem fumando, e essa pratica logo evoluiu para contratos de trabalho para os grandes galãs e atrizes só poderem trabalhar se aparecessem fumando em suas cenas mais interessantes.

O cigarro virou um símbolo de glamour tendo como ápice o período que compreende os anos 1930 e 1960. Nessa época, as produções hollywoodianas associavam o fumo ao sucesso e ao dinheiro.

Com isso incutindo a ideia de pessoas charmosas, bem sucedidas, “as pessoas ideais”, fumam! E claro, o povo começou rápido a ter essa ideia e fumar. Principalmente os jovens, sem perceberem que COMPRARAM SONHOS... O que virou o pesadelo de muitas pessoas.

Demorou para que o governo dos EUA proibisse a indústria tabagista de interferir nos contratos do cinema.

Clark Gable
A geração atual, bem mais eletrônica, não parece estar tão interessada em cigarro e coisas correlatas. Se parar para pensar, ao comprar o sonho do glamour do cigarro, as pessoas fumavam para posar socialmente, parecerem descoladas e maduras. Atualmente vivemos em uma era de relacionamentos digitais, há outros meios das pessoas se conhecerem e o próprio marketing pessoal mudou.

Em todo mundo, só o Brasil e mais 14 países que colocam advertências nas embalagens de cigarro. O que já é uma grande conquista. Nessa data, celebramos o dia mundial de combate ao tabagismo, e agora tentamos desfazer um pouco do pesadelo que um dia alguém vendeu as mentes mais frágeis e desavisadas do povo.